sábado, 11 de maio de 2013

Mães corujas desde o primeiro momento

A importância de uma dieta acompanhada para o bebê durante a gestação


Larissa e Julia. Foto por Olivio Duarte (flickr)
De repente, bate aquela vontade súbita de comer um hambúrguer, ou de tomar um copo bem gelado de refrigerante. Então a mulher lembra que está grávida e que não é qualquer coisa que pode ser consumida. Em uma realidade que as comidas industrializadas são cada vez mais convidativas, o que as futuras mamães devem fazer para ter uma boa alimentação e substituir seus desejos? Quais os motivos para tanto cuidado durante esse momento especial?


Durante a gravidez, o corpo da mulher trabalha de forma mais ativa para tirar o máximo de energia do que é ingerido. Parte dos líquidos e da energia retirados da alimentação da mãe ajudam no crescimento e na manutenção dos mecanismos que protegem o feto. Uma dieta equilibrada e prescrita por profissionais previne doenças tanto na mãe, como também para o bebê ao longo da vida.



Por esse motivo é preciso encontrar um equilíbrio entre as guloseimas que dão vontade de comer e uma dieta saudável, de acordo com as necessidades biológicas da mãe. Para quem deseja planejar a gravidez, os cuidados podem, e devem, começar antes mesmo do teste dar positivo. O médico  Dr. Doc, trabalha com as duas situações, com gestantes e com aquelas que estão planejando. Para ele, todo cuidado é necessário. “Esse é um tema bem interessante para ser abordado, afinal tudo que a mãe faz durante a gravidez influenciará por longos anos na saúde de seu futuro filho. Hoje já sabemos que uma alimentação adequada e suplementação por recomendação médica antes mesmo de engravidar alteram até no desenvolvimento escolar de seu filho.” Afirma.

  

Alimentos que são fontes de açúcar, bem como óleos e gorduras, devem ser ingeridos moderadamente. O excesso de sal e alimentos chamados “indigestos”, como a melancia e a pimenta, também não são adequados durante os nove meses. Segundo o médico, alimentos com alto índice glicêmico (muito açúcar) pode propiciar diabetes e outras complicações futuras para a criança. Ele acrescenta que bebidas como refrigerantes e isotônicos têm pH ácido e causam desequilíbrios ao corpo. “Adoçantes, óleo vegetal hidrogenado, esses alimentos, em geral, fazem mal não só para as gestantes, mas para qualquer indivíduo e devemos evitá-los. Na gravidez só aumentamos a atenção,” acrescenta. 


Fazer dieta para emagrecer durante a gravidez também é uma opção que só deve ser tomada com recomendações médicas. Dependendo do tipo de regime, o bebê poderá ter deficiência de ferro, de ácido fólico e de outras vitaminas e sais minerais importantes para a formação. Ganhar peso faz parte da vida da gestante, o importante é ganhar com qualidade, suprindo as necessidades do organismo. A média de ganho de peso nesse período está entre 8 e 15 kg. Mas, em vez de pensar na balança, concentre-se na qualidade do que come: muita fruta, legumes e verduras, boas quantidades de proteína e pouco açúcar.


 O médico ressalta também a importância da atividade física moderada e supervisionada por profissionais. “O exercício não apenas irá beneficiar as mães mas também os bebes de acordo com o Estudo Kansas City University de Medicina e Biociência. A mãe praticando atividade física melhora o seu sistema cardiovascular e, consequentemente, o do bebê. Só é preciso tomar cuidado com as condições do local e com a intensidade que ela é feita, por isso o acompanhamento é imprescindível,” ressalta Doc.


Ficar grávida não é sinônimo de estar doente. A mulher não precisa abrir mão de tudo o que gosta, só precisa ter em mente que alimentos industrializados e guloseimas não podem existir na alimentação. Em vez de comer compulsivamente chocolates ou doces repletos de gordura, coma salada de frutas ou iogurtes naturais, por exemplo. A vida saudável deve ser mantida durante o período de amamentação e também virar uma prática cotidiana.



Ômega 3 na gestação

Salmão é rico em Ômega 3
- Foto por Ivam Grambek (Flickr)
O ômega 3 é um ácido graxo de extrema importância para as funções do organismo, e é altamente recomendado por médicos durante o período de gestação. Anti-inflamatório natural, limpa o interior das artérias, melhora a capacidade sensorial, cognitiva e motora da criança, esses são alguns dos benefícios. Como não é produzido naturalmente pelo corpo, é necessário ingerir alimentos que o contenham ou suplementos, de acordo com a prescrição médica.


“Estamos falando aqui que o simples consumo de alguns alimentos e suplementos pode beneficiar a vida inteira do indivíduo,” valoriza o médico. Doc esclarece que o ômega 3 também traz benefícios para gestante. “O consumo desse irá diminuir o risco de pré-eclâmpsia (poderosa complicação da gravidez causada pela pressão alta). E também praticamente eliminar o risco de parto prematuro.” Acrescenta.


Por Marjorie Mendonça :: 5º período de Jornalismo – Agência UVA Cabo Frio