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Print da série Marble Hornets no youtube "Entrada #19" |
O Dia das Bruxas ganha
mais força a cada ano no Brasil devido à importação da cultura americana
através de filmes, seriados e webséries. Muitos jovens brasileiros já comemoram
usando fantasias. Embora a data seja lembrada como dia de festa a caráter, a verdadeira história sobre o
“Halloween” começou dois mil anos atrás com uma crença do povo celta.
O dia 31 de outubro
marcava o fim do verão e eles acreditavam que durante a madrugada os espíritos
saíam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Na tentativa de
assustar esses fantasmas, símbolos ligados à morte eram pendurados do lado de
fora das casas: caveiras, ossos decorados, crucifixos, entre outros. A
comemoração foi condenada na Europa, e todos aqueles que insistiam em
“celebrar” eram perseguidos e queimados na fogueira como bruxos. Por isso, “Dia
das Bruxas”.
Quebrando os misticismos e
a ligação com as religiões, mas sem perder os costumes, as festas atuais mantêm
os enfeites relacionados à morte e fantasias de monstros, zumbis, bruxas,
caveiras e outros seres assustadores. Porém, no Brasil não são todos que aderem
a ideia, então as festas são mais difíceis de serem encontradas. Buscando
alternativas para não passar a data em branco, muitos apelam para as “noites de
terror” com os amigos, quando assistem a filmes e contam lendas.
Letícia Ramos, 20 anos, é estudante de
publicidade e costuma contar lendas para os colegas. A que mais gosta é a do
Hotel Quitandinha, em Petrópolis. Ela afirma que não gosta de filmes de terror,
pois fica imaginando depois as coisas acontecendo. “Tenho medo de fantasmas, e
quando era pequena tinha muito medo de escuro. Acredito que as lendas são
criadas para por medo nas pessoas, mas acho que sempre tem um fundo de verdade.”
diz a estudante.
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Ingrid e o namorado Leonardo a caráter para mais uma festa |
Ingrid Zacché, 20 anos, é
professora de inglês e mesmo assumindo ter medo, assiste a filmes em casa. “Gosto mais de filmes,
séries eu tenho um pouco de preguiça porque tem que ver toda semana, mas gosto
também. A única (série) que eu assisti que é mais ou menos de terror é
Supernatural, né, que tem episódios que dão um medinho. E filme eu já vi um
monte! Mas eu morro de medo de todo e qualquer tipo de assombração (risos)”, completa.
Deixando de lado os
personagens maníacos que viram serial
killer, hoje se explora a questão do sobrenatural e da própria imaginação
do espectador, deixando no ar a dúvida se as situações são reais ou não para
provocar ainda mais o medo. Bruna Albornoz tem 16 anos e é estudante de ensino
médio, mas já é conhecida na internet por causa dessas histórias. Com o
pseudônimo “InutilErudita” ela traduz a websérie “Marble Hornets” dos autores Troy Wagner e Joseph
DeLage e traz para o Brasil a lenda do
Slender Man. O grande número de visualizações de cada vídeo chama ainda mais
atenção, a média é de 8 mil espectadores e o canal recebeu mais de 1,3 milhões de
visitantes. Bruna acredita que o sucesso dessa forma de produção é baseado na
curiosidade de cada caso. “Essas séries têm uma boa tática para atrair as
pessoas. Começam com vídeos do tipo ‘aparição de tal entidade sobrenatural’,
que você não consegue dizer se são reais ou não. Esse tipo de coisa atiça a
curiosidade das pessoas, e elas acabam assistindo a mais vídeos, pesquisando
mais sobre o assunto. E mesmo se as séries não forem reais - e você souber
disso - você resolve continuar assistindo pela qualidade da história e por todo
o suspense”, afirma.
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Imagem divulgação do canal "InutilErudita" |
Assim como Letícia, Bruna
também acha que as lendas são criadas com fatos reais e vão aumentando conforme
são repassadas de pessoa para pessoa. “O ser humano é muito criativo. Com base
em fatos reais sobre os quais não se sabe muito ou algo ligado à religião, são
criadas histórias misteriosas e, consequentemente, fascinantes. Com mais alguns
detalhes adicionados inconscientemente por suas mentes amedrontadas, elas
passam a história adiante, criando assim as lendas populares, o folclore”, explica
a jovem.
Filmes como “A Entidade”,
“Atividade Paranormal 4”, “Sobrenatural” e “A Filha do Mal” são uma boa pedida
para comemorar este ano. Para quem gosta de séries, “The Walking Dead”,
“Supernatural” e “American Horror Story” são as preferidas.
Por Marjorie Mendonça ::
4º período de Jornalismo
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