Livro erótico chama atenção para o desejo feminino

 

Cinquenta tons de cinza desperta o interesse pelas fantasias sexuais

Foto: Editora Intrínseca

A ficção adulta que movimentou a vida sexual de milhares de mulheres, Cinquenta tons de cinza, escrito por E. L. James, é um fenômeno editorial. Traduzido para 37 idiomas, o livro da Editora Intrínseca narra a história da jovem Anastásia Steele, uma jovem universitária de 21 anos que ainda é virgem e que se apaixona pelo bilionário Christian Grey, cinco anos mais velho que ela. 

O enredo é caracterizado por fantasias sexuais que levam Anastásia ao mundo do sadomasoquismo, transformando-se em escrava sexual de Grey, que exige que Ana se comprometa a seguir regras como, por exemplo, chamá-lo de “senhor” e estar sempre disponível para ele.




O sucesso do livro lançou uma luz sobre o universo das fantasias sexuais femininas, e, por incrível que pareça, a submissão é a maior delas. Durante décadas a mulher esteve submissa ao homem em diversos aspectos e hoje em dia ela virou chefe de família e dominou o mercado de trabalho, passando a ser vista como “a guerreira batalhadora”. “Elas passaram a se impor na vida cotidiana, e no sexo, sentem-se mais à vontade para buscar a submissão como forma de equilíbrio emocional”, afirma a psicóloga Silvania Santos. 

De acordo com Alessandra da Cruz, proprietária da livraria Máscaras, em Búzios, Cinqüenta tons de cinza é um dos livros mais procurados pelos seus clientes. “São mulheres de diferentes idades. Tem até maridos e namorados que ficaram sabendo do sucesso do livro e decidiram presentear suas amadas e, com isso, acabam também apimentando a relação.” Isso mostra o quanto o sexo é valorizado pelas mulheres e como as fantasias são importantes para esquentar a vida sexual. O romance já está cotado para virar filme

Por Juliana Rodrigues :: 4º período de Jornalismo – UVA Cabo Frio